Camellia japônica, confundida muitas vezes com a rosa, é igualmente bela. Possui mais de 80 variedades podendo, a planta, ter flores simples, com cinco pétalas, duplas e semi-duplas, com mais pétalas.
São arbustos ou árvores de porte médio, com folhagens brilhantes, resistentes que se adaptam bem a qualquer clima. Espécies nativas das florestas da Índia, Sudeste Asiático, China e Japão... Apresentam flores vistosas, brancas, vermelhas, rosadas, matizadas, ou raramente amarelas. Algumas são grandes e outras muito pequenas.Certas espécies exalam suave perfume. Foram trazidas ao ocidente pelos jesuítas.
A camélia é uma flor emblemática e de forte significado. Ela foi usada por personalidades denotando sempre força, firmeza de ideais e liberdade. No Brasil, a flor se tornou o símbolo da luta contra a escravidão.
Em 13 de maio de 1888, ao assinar a Lei Áurea, a Princesa Isabel ganhou camélias. Liberal e ousada, contra elites e grupos influentes, Isabel apoiou jovens políticos e artistas. Financiava a alforria de ex-escravos com seu próprio dinheiro e apoiava a comunidade do Quilombo do Leblon, no Rio de Janeiro, que cultivava camélias brancas, símbolo do abolicionismo. A Princesa aparecia em público com uma dessas flores a adornar-lhe a roupa. A flor servia como um código de identificação entre os abolicionistas, principalmente se usada no lado do coração. (Segundo o livro As camélias do Leblon e a abolição da escravatura — Uma investigação de história cultural).
Há ainda o uso das camélias pela estilista Coco Chanel e, bem anteriormente, por Alexandre Dumas Filho em seu romance A Dama das Camélias.
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